Essa semana li um trecho de uma entrevista com uma criadora de conteúdo e que fez muito sentido pra mim. Ela dizia que amadureceu sua maneira de estar nas redes e que, a partir dessa mudança prioriza o que ninguém pode fazer por ela: falar com suas próprias palavras.
Em uma das cartas que envio mensalmente comentei sobre como é importante a gente usar a internet como ferramenta de potencialização das nossas vozes. Se essa rede tá aqui pra gente se conectar, por que não fazer isso? Por que não colocar pra fora o que a gente acredita, pensa, sente (claro que tudo isso com respeito e bom senso)? E isso pode ser feito não só pela escrita, mas pela música, vídeo, pintura, bordado… Pela nossa arte, independente de como ela se manifeste.
O texto abaixo também me tocou muito por me fazer enxergar a importância de compartilhar. Compartilhando, dividindo o que somos, nossos aprendizados e habilidades, somos capazes de inspirar e motivar outras pessoas a também fazerem o mesmo. Assim é que conseguimos fazer com que o que acreditamos continue existindo em outras pessoas, ainda que não estejamos mais presentes.
Às vezes pensamos que é preciso realizar grandes feitos na nossa existência e isso acaba prejudicando nossa expressão porque tendemos a valorizar mais a finalidade do ato do que seu processo e como ele nos transforma. Talvez apenas precisemos dar vazão ao que nos deixa inquietas, ao que parece borbulhar no nosso peito pedindo desesperadamente para fazer morada fora de nós. E ainda que ninguém ouça, ou veja, ou leia, ou assista o que criamos, não importa. Façamos por nós. Isso basta.
Mas que é bom quando a nossa voz toca o outro, ah, isso é verdade. Porque nós nascemos para o contato, para a troca, para o aprendizado. Nascemos pra nos conectar com outras pessoas e é bom ver nossa voz ecoando por aí, fazendo morada em outros lugares e se tornando motivo de reflexão e mudança. Que a gente nunca perca o desejo de falar sobre o que toca o nosso coração!